quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Saiba como Controlar o Perfeccionismo

O desejo de ser melhor normalmente é algo bom, mas quando entramos no perfeccionismo, isto pode causar muitos problemas, causar cansaço e nos fazer desperdiçar muito tempo. O ideal é encontrar um equilíbrio. 

PASSOS:
1. Perdoe suas próprias limitações. Ninguém é perfeito, e todos temos forças e fraquezas. Isso não quer dizer que você não deve tentar se superar; você pode sempre melhorar ou aprender algo novo, mas há momentos em que você vai ter que se contentar com o que você já sabe e o que pode fazer com isto. Não perca muito tempo se preocupando com o que você não pode (ainda) fazer. 

2. Pense no que é realmente necessário. Será que o seu propósito é ser perfeito e ter um resultado perfeito, ou será terminar algo? O perfeccionismo normalmente é visto como o oposto de um resultado no tempo certo devido à incerteza que vem com ele, que leva a atrasos. 

3. Defina o seu objetivo. Saber o que quer alcançar não só ajuda a ir na direção certa, mas ajuda também a saber quando alcançou aquilo. 

4. Comece. Mesmo se não tiver certeza do que está fazendo, tente. Você pode se sair melhor do que esperava, ou a tarefa pode ser mais fácil do que imaginou. Mesmo se a sua primeira tentativa não lhe levar a lugar algum, talvez você saiba onde ou a quem perguntar. Ou então, você pode descobrir por conta própria. Na maioria das vezes, você vai descobrir que as barreiras que imaginou parecem maiores do que realmente são. 
(Fonte: http://pt.wikihow.com / Foto Divulgação)

5. Imponha um limite de tempo. Algumas coisas, como cuidar da casa, nunca terminam. Não importa o quão bem você limpar o chão hoje, ele vai ficar sujo amanhã mesmo se ninguém se esquecer de limpar os pés. Ao invés de passar horas esfregando, defina um limite de tempo e limpe por aquele tempo. O lugar ainda assim vai estar limpo e você vai trabalhar mais rápido sem ficar obcecado com os detalhes. Faça deste tipo de trabalho uma parte regular e breve da rotina e as coisas vão continuar em um nível aceitável. Ao trabalhar em um projeto mais longo ou detalhado, um prazo, mesmo que auto-imposto, pode fazer com que você inicie e continue a trabalhar sem se preocupar demais com os detalhes. Divida uma tarefa grande em partes menores ou em objetivos intermediários. 

6. Crie um ambiente para aprendizado em que você possa cometer erros. Ensaie. Pratique. Experimente. Pergunte-se antes do verdadeiro teste. Escreva um esboço. Durante estes processos, mande seu crítico interior sair para passear, deixando-o livre para aprender e experimentar sem a preocupação de que você pode errar. 

7. Experimente coisas novas. O método comumente aceito nem sempre é o melhor e nem sempre funciona. Esteja inventando algo ou aprendendo um novo idioma, você vai começar cometendo erros. Na verdade, quanto mais nova e incomum for a sua atividade, mais você terá que aprender através de tentativa e erro. Aprenda com os seus erros. 
8. Admita que, para muitas atividades, especialmente as que exigem um elemento criativo, não existe uma maneira certa, uma resposta certa. Se você for avaliado, será em um nível subjetivo. Você não vai conseguir agradar todos que lerem seu texto ou verem sua pintura, por exemplo. Manter um público em mente ajuda a dar direcionamento, mas você deve permitir um grau maior de expressão pessoal e estilo. 


9. Reconheça a beleza e os benefícios das coisas imperfeitas. Harmonias dissonantes em uma música podem criar um clima de tensão ou drama. Folhas deixadas no chão separam as raízes das plantas e se decompõem para nutrir o solo. 

10. Reflita sobre seus fracassos. Falhar é relativo. Talvez você tenha achado que os biscoitos ficaram meio passados, mas todos comeram. Como a pessoa que os fez, você sabe mais sobre o que aconteceu do que todos os outros. Quem se beneficia do seu trabalho se importa mais com o resultado e pode nem perceber o processo que levou a tal. Pense no que você aprendeu com suas falhas e como isto pode lhe ajudar a fazer melhor da próxima vez. 

11. Reflita sobre o seu sucesso. Pense em algo que você tenha feito que foi bem sucedido. Pode não ter sido perfeito, mas ainda alcançou um objetivo. Provavelmente, você experimentou alguma incerteza no processo. Suas preocupações podem lhe manter longe de problemas, mas não deixe que isto lhe impeça de agir. Ao invés de fazer as coisas com perfeição, faça as coisas de forma bem sucedida. 



Clínica CAIF - "Clínica de Atendimento Integrado à Família" 
Profissionais e serviços prestados: 
- Especialista em Terapia Cognitiva; 
- Avaliação psicológica para ANAC; 
- Avaliação de Porte de Arma; 
- Avaliação psicológica para Teste Vocacional. 

Serviço: 
Rua Barão da Pedra Negra, 500 - Sala 13/1º Andar - Centro - Taubaté/SP 
Tel.: (12) 3621-8475 / 3011-1204 
Email: clinicacaif@gmail.com 
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terça-feira, 18 de outubro de 2016

13 características das pessoas resilientes

A resiliência é um fator psicológico, e trata da capacidade que as pessoas têm de adaptar-se à variação de circunstâncias, a fim de lidar com adversidades e superar conflitos e problemas cotidianos. 

De acordo com Garmezy (1984), a resiliência é a "resistência ao estresse ou invulnerabilidade frente a condições adversas". 

Embora esse seja um conceito válido, os termos "resiliência" e "invulnerabilidade" não são equivalentes. Segundo Zimmerman e Arunkumar (1994), “resiliência refere-se a uma habilidade de superar adversidades, o que não significa que o indivíduo saia ileso da crise, como implica o termo invulnerabilidade". 

Algumas pessoas costumam confundir resiliência com resistência. Uma pessoa resistente é aquela que resiste constantemente a situações de pressão; uma pessoa resiliente não só suporta a pressão, como também aprende com os desafios, usando sua flexibilidade para se adaptar e sua criatividade para encontrar soluções alternativas. 

Pessoas resilientes conseguem transformar experiências negativas em aprendizado. Elas enxergam oportunidades de mudança em seus problemas, e acabam se beneficiando delas, mesmo se forem prejudicadas em algum outro aspecto. 

A capacidade de resiliência é adquirida com o passar do tempo e a experiência. Não é algo que uns têm e outros não: há graus variados de como uma pessoa lida com a dor e o estresse. Dessa forma, é possível tanto aprender a ser resiliente quanto a aumentar o grau de resiliência. 

A ciência mostra que, quanto mais resiliente um indivíduo é, mais longe ele irá em sua vida pessoal e profissional.
(Fonte: www.contioutra.com / Texto: Eduardo Ruano / Foto Divulgação)

Segundo Alex Anton, cientista da Harvard School: 
"Claramente, o indivíduo resiliente não é aquele que evita estresse de toda e qualquer forma, mas sim aquele que aprende como controlá-lo e transformá-lo em energia produtiva. A pessoa resiliente provavelmente entortará, mas não quebrará, quando confrontada com adversidade, traumas, tragédias e ameaças. Ela é, na maior parte do tempo, ativa e não passiva em relação ao o que acontece a seu redor e em sua vida, sempre acreditando ser autora do seu presente e futuro, e não uma vítima do seu passado"

Napoleon Hill, um escritor americano da área de recursos humanos afirmou: 
"Cada adversidade, cada fracasso, cada angústia traz consigo a semente de um benefício igual ou maior"

Nas palavras do escritor escocês Robert Louis Stevenson: 
"A vida não é uma questão de ter as boas cartas, mas sim de jogar bem com uma mão fraca"



As 13 características das pessoas resilientes 
Existem algumas características comuns e observáveis em pessoas com alto grau de resiliência. Por exemplo: 

1. Elas conhecem os seus limites 
Pessoas resilientes compreendem que há uma diferença entre quem elas são em essência, e a causa de seu sofrimento temporário. O estresse desempenha um papel em sua história, mas não alcança sua identidade ao ponto de desvirtuá-las. 

2. Elas procuram ter boas companhias 
Pessoas resilientes tendem a procurar e cercar-se de outras pessoas resilientes, seja apenas por diversão, ou quando há uma necessidade de apoio. Essas pessoas sabem quando ouvir e oferecer incentivo, e, o que é mais importante, elas têm a noção de que não podem resolver todos os problemas com seus conselhos. Bons apoiadores acalmam-se uns aos outros, e agem perante adversidades sem admitirem um sentimento de frustração. 

3. Elas aceitam o sofrimento A dor é dolorosa, o estresse é estressante, e a cura leva tempo. As pessoas resilientes entendem que a dor e o estresse são uma parte da vida que flui e reflui. Por mais difícil que seja no momento, é melhor entrar em acordo com a verdade da dor do que ignorá-la, reprimi-la ou negá-la. Ao invés de resistirem ao que está acontecendo, mesmo se não for de sua preferência, as pessoas resilientes aceitam condições inevitáveis e além de seu controle, e sabem que as coisas podem melhorar. O médico, psicólogo e psiquiatra austríaco Viktor Frankl, sobrevivente de Auschwitz, utilizou sua experiência naquele campo de concentração nazista como inspiração para seus estudos sobre a resiliência. Em seu livro Em Busca de Sentido, ele afirma que "mesmo nas situações mais absurdas, dolorosas e desumanas, a vida tem um significado em potencial e, portanto, até o sofrimento tem sentido".

4. Elas são otimistas 
Pessoas resilientes costumam olhar para as circunstâncias de uma forma mais positiva e otimista. Elas externalizam a culpa, e internalizam o sucesso. Geralmente, essas pessoas assumem a responsabilidade direta por aquilo que as compete.

5. Elas cultivam a autoconsciência 
Pessoas que cultivam a autoconsciência sabem entrar em contato com suas necessidades psicológicas/fisiológicas, da mesma forma que sabem daquilo que não precisam. O autoconhecimento é fundamental para que se consiga captar os sinais enviados ao corpo pela mente. Por outro lado, uma teimosia orgulhosa sem autoconsciência pode nos tornar "geleiras emocionais": sempre tentando ser forte a fim de manter-se à tona, mas propensos a fraturas quando experimentam uma mudança inesperada em seu ambiente. 

6. Elas estão dispostas a manter-se focadas e atentas
Nós somos mestres da distração: TV, celulares, comer em excesso, abuso de drogas, comportamentos de risco, fofocas etc. Nós todos reagimos de formas diferentes às distrações, bem como ao estresse e trauma. Uns se "desligam" e outros respondem diretamente. Em algum ponto no meio dessas duas abordagens está o foco e atenção plena: viver o momento em sua totalidade sem recorrer a quaisquer subterfúgios. Isso é extremamente difícil, ainda mais nos dias de hoje, e requer muita prática, mas é uma das formas mais antigas e puras de cura e construção de auto resiliência. 


7. Elas não precisam ter todas as respostas 
A psique tem seus próprios mecanismos de proteção internos que nos ajudam a regular o estresse. Quando tentamos encontrar todas as respostas para perguntas difíceis em face de eventos traumáticos, podemos nos distanciar dessas respostas que, porventura, surgem em seu devido tempo. 

8. Elas consideram todas as possibilidades 
Pessoas resilientes perguntam a si mesmas quais partes de sua história são permanentes e quais podem mudar. Essa situação pode ser encarada de uma forma diferente que eu não havia considerado? Esse tipo de indagação ajuda a manter uma compreensão realista da situação atual que está sendo colorida pela interpretação atual. As nossas interpretações sobre a vida que levamos mudam na medida em que crescem e amadurecem. Sabendo que a interpretação de hoje pode mudar, isso nos dá fé e esperança de que as coisas podem ser melhores amanhã. 

9. Elas são compassivas 
Pessoas com alto grau de resiliência sabem que todos merecem amor, respeito e boa vontade, mesmo aqueles que não consideram a ética e lidam com as circunstâncias de uma maneira egocêntrica. Julgamento e condenação não ajudam a nutrir auto resiliência. 

10. Elas têm múltiplas identidades 
Quando se tem o máximo de autoestima no trabalho, por exemplo, e se é demitido, o mundo pode virar de cabeça para baixo: você perde sua fonte de renda e, em parte, sua identidade. Sabendo disso, pessoas resilientes muitas vezes têm um grande número de áreas a partir da qual obtém o seu sentido de autoestima. Elas trabalham para ter mais amizades duradouras e conexões familiares fortes. Elas são bem capazes de se recuperar, porque, mesmo se um aspecto fundamental de sua vida for embora – um emprego, um romance, um amigo, que seja -, elas ainda terão um senso de conexão a partir de outras áreas (e identidades). 

11. Elas não são rígidas ao ponto do detrimento 
A inflexibilidade inabalável não chega a ser uma fraqueza. É ótimo ter alguma rotina e estrutura, mas também é necessário abdicar de algumas obrigações fixas e dar espaço para novas oportunidades, como as pessoas resilientes fazem. Do contrário, não será possível obter êxito do acaso ou da sorte. 

12. Elas perdoam 
Quer se trate de perdoar a si mesmo por algum erro ou perdoar alguém por uma injustiça, ser capaz de deixar as mágoas para trás e seguir em frente é uma característica essencial das pessoas resilientes. Quando essas pessoas deixam de perder tempo ruminando sobre brigas, queixas e negativismos do passado, elas se lembram pelo que são gratas hoje, e agem com a consciência mais tranquila. 

13. Elas têm um senso de propósito 
As pessoas resilientes têm um senso de propósito que as ajuda a analisar uma situação e dar passos seguintes. Isso deriva de um conjunto de valores particulares de cada indivíduo, mas, em geral, quando sabem realmente o que é importante – seja família, fé, dinheiro, carreira, ou qualquer outra coisa -, as pessoas resilientes priorizam os aspectos de sua vida que necessitam de sua atenção imediata. Elas têm objetivos futuros bem definidos, e agem de forma significativa e contributiva para conquistá-los.


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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Por que a avó materna é tão importante para uma criança?

Os avós cumprem uma função essencial na família. Mas, dentre todos existe um cuja influência sobressai: a avó materna. 

Pode ser que o seu filho se dê melhor ou pior com sua avó materna. Que a veja menos ou mais. Que sinta mais ou menos afinidade a ela. Mas, o que talvez você não saiba é a importante carga genética que deixa aos seus netos. A gente te explica a teoria ensaísta do chileno Alejandro Jodorowsky. 

Por que a avó materna é a mais importante
A avó materna é a encarregada de transferir a maior parte da carga genética dentre todos os avós. E a genética pula uma geração. Por isso, muitas crianças não se parecem com seus pais, mas sim com seus avós. E, ainda que fisicamente o seu filho não se pareça à sua avó materna, nunca poderá negar que lhe deixou em herança muitas outras coisas, como determinado problema com os ossos, um tic, um sinal, esse timbre de voz… 

Segundo Jodorosky, a explicação é bem simples: quando uma mulher engravida de uma menina, a menina já tem formados desde antes de nascer os ovócitos de onde sairão milhares e milhares de óvulos ao longo da sua vida adulta. Esses ovócitos, por sua vez, têm grande carga genética da sua mãe, e da sua avó! 

Os meninos também herdam no seu DNA as vivências emocionais da avó materna 
O ensaísta chileno vai mais além ainda e assegura que no DNA que as avós maternas transferem aos seus netos, não apenas encontram traços físicos, alguma possível doença hereditária ou os gestos, mas também o temperamento ou inclusive as vivências que teve quando estava grávida de sua filha. Ou seja, que se a avó materna tenha passado por uma situação difícil na sua gravidez, ou tenha sofrido uma depressão durante a gestação isso pode influenciar nos filhos de sua filha. 
Leve em conta que os óvulos aportam além da carga genética, a informação mitocondrial (enquanto que o espermatozóide carece dela). Essa informação só se herda das mães (ou avós), e implica num ‘plus’ de carga genética.

Contra essa teoria de Alejandro Jodorowsky estão, no entanto, os estudos mais recentes, que asseguram que a carga genética que o homem transfere, ainda que seja menor, ela tem mais peso e determinação, sobretudo no caso de determinadas doenças hereditárias como o diabetes tipo 2, a obesidade ou a esquizofrenia. 

A genética no final das contas não deixará de ser um emaranhado, uma loteria, uma série de cartas à mercê da sorte. 
(Fonte: www.contioutra.com / Texto: Estefanía Esteban / Foto Divulgação)

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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O significado do ABRAÇO!

Li há algum tempo um artigo muito interessante sobre a importância do abraço. Vamos deixar claro que quando falo em abraço aqui eu me refiro àquele que envolve, que junta peito com peito, coração com coração e não o pouco acalorado tapinha nas costas.

Estudos dizem que ao abraçarmos o nosso cérebro libera substâncias como dopamina e serotonina responsáveis pela sensação de bem estar, calma e harmonia. Há ainda aqueles que afirmam que abraçar aumenta a imunidade, a autoestima e melhora também a saúde psicológica.

Muitas vezes já me peguei pensando sobre os abraços que dei e recebi na vida. Acho que o abraço é o mais sincero gesto de carinho que existe, pois é impossível ficar atrelado a alguém pelo qual não somos verdadeiramente afeiçoados. Pode-se dar um beijo rápido no rosto, mas um abraço demorado nessa pessoa não, a gente não consegue. E não vale, nesse caso, balançar a pessoa como sino para tirar a atenção do que realmente importa.

Abraçar implica se deixar envolver, se deixar fundir. Abraçar é uma sinfonia de batidas de coração, é um alinhamento de respirações profundas e uma confluência de mentes que se estimulam, se acarinham e se resguardam através do tato.

Nos meus vinte e poucos anos eu não abraçava muito. Lembro-me de ter um dia chegado em casa e tentado me lembrar qual era a última vez que eu tinha abraçado. Foi um exercício difícil, pois eu realmente não me lembrava. Felizmente isso muda quando temos por perto, por exemplo, familiares carinhosos, amigos sinceros, um amor para chamar de nosso e crianças. Sim, crianças são campeãs em abraçar. Elas em tenra idade sabem o que realmente importa na vida. É por isso que boas mães geralmente têm sua cota diária de abraços garantida. Elas não sofrem do que a psicologia chama hoje de “fome de pele”.

Mas, tem muita gente faminta passando por nós mundo afora. E quando falo muita gente, coloquem um número absurdo nessa equação. Aponta-se por ai que precisamos de quatorze abraços diários para ter as nossas necessidades afetivas supridas. Sim, vocês leram certo, não são dois, nem quatro, nem seis, mas quatorze abraços.

Você já deu quatorze abraços hoje? Acho que pouca gente dirá que sim. E eu ao ler esse número pensei nas vezes as quais fui ao médico por conta de uma rinite ou algo assim e sai de lá com um remédio prescrito. E se ao invés de um medicamento, facilmente encontrado em qualquer farmácia, o doutor me receitasse quatorze abraços para aumentar a imunidade, eu seria capaz de cumprir essa prescrição?

Um medicamento é rápido, você toma uma pílula por dia e resolve as coisas…por um tempo. Mas quatorze abraços não podem ser dados de qualquer jeito. É preciso que se ampliem os vínculos, que a gente estenda o alcance de nossas relações, é preciso mudar a forma de ver o mundo, os que nos cercam e nós mesmos.

Abraçar implica muito mais que entrelaçar braços. Abraçar exige que a gente esteja disposto a amar e a se deixar amar. Que a gente esteja pronto para perdoar e se deixar perdoar. Abraçar implica superar as rejeições e aceitar o conforto e o consolo do outro.

Um abraço diz de forma silenciosa que nós nos importamos, que nós estamos juntos, que nós deixamos de lado um monte de afazeres, que parecem imprescindíveis, para fazer o que realmente importa na vida.

Vamos abraçar?
(Fonte: www.contioutra.com / Texto: Vanelli Doratioto / Foto Divulgação)


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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

“Eu Cheguei Onde Cheguei Porque Tudo Que Planejei Deu Errado” – Rubem Alves

Compilamos alguns trechos do filme, ‘Eu Maior’, em que Rubem Alves fala sobre escolhas, felicidade e sofrimento… 

Do sofrimento 
'Nem toda ostra produz pérola. Só a ostra que sofre produz pérola. Porque a ostra para produzir a pérola tem de ter um grão de areia. Tem de ter uma coisa que a irrite. E assim, ela vai produzir a pérola para deixar de sofrer. Ela vai trabalhando aquele ponto agudo e cortante até que ele seja envolvido por uma coisa lisinha, que é a pérola. Em muitas de minhas histórias, eu fui uma ostra que produziu a pérola porque eu tinha um grão de areia que me cortava. Eu me lembro de um dia, seis hora da manhã, eu estava dormindo ainda e minha filha Raquel de três anos de idade me acordou e eu perguntei para ela o que foi. Ela me disse: 'papai quando você morrer, você vai sentir saudades?'. Ah, como doeu… Doeu demais. Que pergunta. Que grão de areia terrível, pontudo: 'papai quando você morrer, você vai sentir saudades?'. Eu não sabia o que dizer para ela. Eu nunca imaginei que uma criança de três anos fosse dizer uma coisa assim. Eu fiquei mudo. E ela disse: 'não chore porque eu vou te abraçar'".

Das escolhas 
"Uma vez um aluno me pediu uma entrevista e nessa entrevista que foi na minha casa, ele me perguntou: 'como foi que o senhor planejou a sua vida, como o senhor se preparou para chegar onde chegou?' – Eu percebi logo que ele me admirava e queria seguir o mapa do meu caminho e então eu disse a ele: 'eu cheguei onde cheguei porque tudo que planejei deu errado e isso é a pura verdade. Então eu sou escritor por acidente. Já fui outras coisas: professor de filosofia, fui teólogo, já fui pastor… Agora eu sou um velho'".

Da felicidade

"Eu estava conversando com uma amiga e ela me contou o seguinte: 'Rubem, eu agora mesmo faria um trato com Deus. Eu Lhe daria um ano de minha vida se Ele me desse uma das noites em minha casa. Porque de noite lá em casa, em frente ao borralho do fogão à lenha, estava o meu pai, a minha mãe… E tinha pipoca. A mãe dizia, 'eu vou lá fora, buscar umas folhas de laranja para fazer um chá pra nós'. E toda a noite, meu pai falava pra ela, 'mulher, você vai ficar estuporada'. Toda noite o meu pai falava e ela nunca ficou estuporada. Isso pra mim é parte do céu. Eu acho que que cada um tem o seu céu diferente. O que a gente quer no céu é recuperar a felicidade efêmera que a gente teve em algum momento. Portanto, cada pessoa tem uma felicidade diferente'". 




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